Entre meses de junho, recuo foi mais acentuado, de 6,6%, segundo o IBGE.
O emprego na indústria nacional registrou em junho sua nona queda mensal consecutiva, de 0,1% frente a maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a queda acumulada no primeiro semestre ficou em 5,1% frente ao mesmo período de 2008. Na comparação entre meses de junho, também houve recuo, de 6,6%.
O IBGE aponta, no entanto, que o recuo de 0,1% em junho frente a maio foi o menor registrado em oito meses. Em bases trimestrais, o emprego na indústria brasileira vem caindo desde 2008, acentuando o ritmo de desaceleração na passagem do primeiro (-4,0%) para o segundo (-6,1%) trimestre deste ano, frente a igual período do ano anterior.
Regiões e segmentos
Na comparação entre meses de junho, as pressões mais significativas de queda vieram dos estados de São Paulo (-4,6%) e Minas Gerais (-11,0%), que representam cerca de 47% do pessoal ocupado na indústria. Também pressionaram as quedas registradas na região Norte e Centro-Oeste (-10,6%) e Rio Grande do Sul (-8,9%).
Segundo o IBGE, a piora no emprego na indústria paulista foi puxada por meios de transporte (-13,3%) e produtos de metal (-13,3%). Já em Minas Gerais, o setores de vestuário (-26,5%) e têxtil (-23,6%) pesaram mais negativamente.
Em todo o país, os principais destaques negativos foram meios de transporte (-11,6%), máquinas e equipamentos (-10,6%), produtos de metal (-11,2%) e calçados e artigos de couro (-11,7%).
Horas pagas e folha de pagamento
Na passagem de maio para junho, o número de horas pagas pela indústria teve alta de 0,5%, interrompendo sequência de oito resultados negativos, período em que acumulou perda de 8,2%. Já na comparação entre o primeiro e o segundo trimestre houve queda de 1,9%. O recuo foi mais acentuado, de 6,9%, no confronto entre meses de junho.
Também na comparação entre o quinto e o sexto mês do ano, a folha de pagamento real da indústria, descontados os efeitos sazonais, recuou 1,7%. Na comparação entre meses de junho, a queda foi de 2%, segundo o IBGE.