Na Avenida Brasil, segundo a Polícia Militar, houve 3 acidentes este ano.
"Foi um susto", desabafou Neusa Mansano, mãe do motorista Thiago Mansano, de 24 anos, que atropelou um cavalo na madrugada desta segunda-feira (24) na Avenida Brasil. De acordo com os bombeiros, ele estaria sem o cinto de segurança no momento do acidente.
Com o impacto, o cavalo morreu.
Assista ao momento do atropelamento no vídeo ao lado
Thiago quebrou três dentes e, depois de medicado no hospital, se recupera em casa. "A minha última lembrança é da saída da festa. Só fui acordar mesmo aqui em casa. Forçando a memória, tenho pequenos flashes do hospital", conta ele, que afirmou já ter visto animais na pista no local outra vezes.
Segundo a Polícia Militar, ainda que o jovem estivesse sem o cinto de segurança no momento do acidente, ele não será multado porque não foi flagrado pela polícia.
Animais procuram se aquecer no asfalto
De acordo com o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, André Luiz Azevedo, as estatísticas apontam para um aumento de acidentes de carro envolvendo animais nessa época do ano.
Saiba o que fazer quando um animal invade a pista
“O animal busca o asfalto, que é mais quente do que a mata, e muitas vezes deita no asfalto. Como a maioria das estradas não têm iluminação, cria-se um cenário de perigo. O motorista tem que redobrar a atenção”, alerta ele.
Estatísticas
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), só nos primeiros quatro meses deste ano foram 30 acidentes semelhantes em rodovias do estado do Rio e 195 animais apreendidos na pista. Na Avenida Brasil, segundo a Polícia Militar, foram registrados outros três acidentes este ano.
Nas estradas federais do Rio, avisa Azevedo, há maior incidência em alguns lugares do interior do estado (70%). De acordo com as estatísticas da PRF, em 2008, a BR-040, que liga o Rio à Região Serrana, conhecida como Rodovia Washigton Luís, foi a recordista de apreensões de animais, com 23 ocorrências.
Punição
Os proprietários dos animais podem ser punidos. Nas vias administradas pelo estado ou município, segundo a Polícia Militar, o caso é registrado na delegacia e uma investigação é aberta para que o proprietário responda por abandono de animal.
Já nas áreas sob responsabilidade da PRF, quando apreendido, o animal recebe uma marca e os proprietários pagam multa. Se o mesmo dono tem um animal apreendido mais de um vez, ele perde o animal.
“Nas áreas metropolitanas, esses animais são de pessoas que os usam para locomoção e não têm condições de cuidá-lo. Na área rural, eles fogem por uma cerca quebrada. A responsabilidade é do proprietário, mas é muito difícil de comprovar”, afirma Azevedo.