Cantora publicou que downloads ilegais são "um desastre" para artistas em início de carreira
Às vésperas de vir para o Brasil, onde realiza shows em São Paulo e no Rio de Janeiro, Lily Allen fez um manifesto através do seu Myspace criticando a decisão de bandas como Radiohead e Pink Floyd de apoiar o compartilhamento de suas músicas na internet.
Os músicos Ed O'Brien (guitarrista do Radiohead) e Nick Mason (baterista do Pink Floyd), como representantes da Featured Artists Coalition (FAC), declararam, em entrevista recente, serem contra a decisão do governo inglês de punir os usuários que compartilharem arquivos de música de forma ilegal. Segundo a cantora, tal postura é "um desastre" para os artistas em início de carreira. "Acho que a pirataria na música está provocando um efeito perigoso na música britânica, mas alguns artistas realmente ricos e bem-sucedidos como Nick Mason, do Pink Floyd, e Ed O'Brien, do Radiohead, parecem não achar a mesma coisa", disparou a cantora.
No texto, Lily ainda afirma que o 'download ilegal' está transformando a indústria fonográfica britânica em "marionetes pagas por Simon Cowell" (diretor da gravadora Sony e jurado do "Britain's Got Talent").
Sobre o argumento da FAC de que o compartilhamento permite que novos fãs conheçam o trabalho dos artistas, Lily é direta: "A FAC diz que que compartilhamento de arquivos é bom porque significa 'uma nova geração de fãs para nós'. Isso é ótimo se você é um grande artistas no fim de carreira, com pilhas de alguns para penhorar a uma nova audiência, mas artistas emergentes não têm esse luxo. Basicamente, a FAC está dizendo 'estamos bem, conseguimos, então compartilhar arquivos é bom, o que é apenas muito injusto com os novos nomes tentando emplacar na indústria".
Para Lily, Mason e O'Brien estão sendo egoístas, já que "fazem turnês esgotadas em estádios e têm as maiores coleções de Ferraris do mundo": "Ninguém começa sua carreira musical com Ferraris. Na verdade, você contrai uma enorme dívida com sua gravadora e passa anos trabalhando para pagá-la", explica. "Eu acabei de pagar todo o dinheiro que devia à minha gravadora. Tenho sorte de ter tido sucesso e poder devolvê-lo, mas nem todos têm a mesma sorte", completou a cantora inglesa.
E antes que alguém a acusasse de ter "migrado para o lado negro da força", muito atribuído às gravadoras e ao mercado fonográfico, Lily pontua: "Se isto soa como se eu estivesse me aliando aos donos de gravadoras, não estou. Eles têm sido inocentes e complacentes a respeito das novas tecnologias - e gastaram todo o dinheiro que ganharam nos próprios salários, e não no desenvolvimento da indústria."
Por fim, Lily deu seu recado aos colegas de profissão britânicos: "Vou escrever a artistas britânicos, para passar só esta mensagem: troca de arquivos não é legal. Precisamos achar novos caminhos para ajudar consumidores a acessar e comprar música legalmente, mas dizer que compartilhar arquivos é bom não está ajudando ninguém - e, definitivamente, não está ajudando a música britânica."
Lily Allen faz show nesta quarta-feira no Via Funchal, em São Paulo. No dia seguinte, a cantora sobe no palco montado na HSBC Arena, no Rio de Janeiro.
Os músicos Ed O'Brien (guitarrista do Radiohead) e Nick Mason (baterista do Pink Floyd), como representantes da Featured Artists Coalition (FAC), declararam, em entrevista recente, serem contra a decisão do governo inglês de punir os usuários que compartilharem arquivos de música de forma ilegal. Segundo a cantora, tal postura é "um desastre" para os artistas em início de carreira. "Acho que a pirataria na música está provocando um efeito perigoso na música britânica, mas alguns artistas realmente ricos e bem-sucedidos como Nick Mason, do Pink Floyd, e Ed O'Brien, do Radiohead, parecem não achar a mesma coisa", disparou a cantora.
No texto, Lily ainda afirma que o 'download ilegal' está transformando a indústria fonográfica britânica em "marionetes pagas por Simon Cowell" (diretor da gravadora Sony e jurado do "Britain's Got Talent").
Sobre o argumento da FAC de que o compartilhamento permite que novos fãs conheçam o trabalho dos artistas, Lily é direta: "A FAC diz que que compartilhamento de arquivos é bom porque significa 'uma nova geração de fãs para nós'. Isso é ótimo se você é um grande artistas no fim de carreira, com pilhas de alguns para penhorar a uma nova audiência, mas artistas emergentes não têm esse luxo. Basicamente, a FAC está dizendo 'estamos bem, conseguimos, então compartilhar arquivos é bom, o que é apenas muito injusto com os novos nomes tentando emplacar na indústria".
Para Lily, Mason e O'Brien estão sendo egoístas, já que "fazem turnês esgotadas em estádios e têm as maiores coleções de Ferraris do mundo": "Ninguém começa sua carreira musical com Ferraris. Na verdade, você contrai uma enorme dívida com sua gravadora e passa anos trabalhando para pagá-la", explica. "Eu acabei de pagar todo o dinheiro que devia à minha gravadora. Tenho sorte de ter tido sucesso e poder devolvê-lo, mas nem todos têm a mesma sorte", completou a cantora inglesa.
E antes que alguém a acusasse de ter "migrado para o lado negro da força", muito atribuído às gravadoras e ao mercado fonográfico, Lily pontua: "Se isto soa como se eu estivesse me aliando aos donos de gravadoras, não estou. Eles têm sido inocentes e complacentes a respeito das novas tecnologias - e gastaram todo o dinheiro que ganharam nos próprios salários, e não no desenvolvimento da indústria."
Por fim, Lily deu seu recado aos colegas de profissão britânicos: "Vou escrever a artistas britânicos, para passar só esta mensagem: troca de arquivos não é legal. Precisamos achar novos caminhos para ajudar consumidores a acessar e comprar música legalmente, mas dizer que compartilhar arquivos é bom não está ajudando ninguém - e, definitivamente, não está ajudando a música britânica."
Lily Allen faz show nesta quarta-feira no Via Funchal, em São Paulo. No dia seguinte, a cantora sobe no palco montado na HSBC Arena, no Rio de Janeiro.