Em maio, rendimento do trabalhador teve queda.
A taxa de desemprego em seis regiões metropolitanas registrou em junho sua primeira queda do ano, segundo pesquisa da Fundação Seade/Dieese. Em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal, a taxa de desemprego recuou para 14,8%, a menor desde os 13,9% registrados em fevereiro. Em maio, havia ficado em 15,3%.
Segundo a pesquisa, 112 mil pessoas deixaram o contingente de desempregados nessas regiões entre maio e junho, como resultado da criação de 75 mil postos de trabalho e da saída de 38 mil pessoas do mercado de trabalho. Com isso, o total de ocupados foi estimado em 17,1 milhões de pessoas e a população economicamente ativa, em 20,1 milhões.
A taxa de desemprego teve redução em todas as regiões pesquisadas, com exceção de Belo Horizonte. Na capital mineira, a taxa ficou estável em 11%. A maior queda foi verificada no Recife, de um ponto percentual, passando de 20,4% para 19,4%. Em São Paulo, a taxa passou de 14,8% em maio para 14,4% em junho e no Distrito Federal, de 17% para 16,4%.
Segundo o Dieese, houve alta de 0,6% no emprego no setor privado e queda de -0,2% no setor público. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado cresceu em 101 mil, ou 0,3%. Também tiveram alta os contingentes de trabalhadores autônomos (70 mil, ou 2,3%) e de empregados domésticos (15 mil, ou 1,1%).
Renda em maio
No quinto mês do ano, o rendimento do trabalhador registrou queda, segundo o levantamento. No conjunto das regiões pesquisadas, os rendimentos médios reais de ocupados e assalariados reduziram-se em 1,2%, passando a equivaler a R$ 1.199 e R$ 1.276, respectivamente.
Por região, houve queda de 2,1% no rendimento dos ocupados em São Paulo, passando a valer R$ 1.230. Também foram vistos recuos em Porto Alegre (1,7%, R$ 1.188) e Distrito Federal (1,0%, R$ 1.826). Houve estabilidade em Recife (-0,2%, R$ 724) e Salvador (-0,1%, R$ 993) e pequeno crescimento em Belo Horizonte (0,7%, R$ 1.194).