Facebook atrai atenção de investidores em transações privadas
Em lugar de receberem o dinheiro esperado em meio a especulações de uma oferta pública inicial de ações - algo que Mark Zuckerberg, o presidente-executivo da empresa, afirma que só acontecerá dentro de alguns anos -, os detentores de ações no site de redes sociais terão a oportunidade de vender as ações que detêm na empresa a um grupo russo de investimento.
A decisão representa uma nova tendência entre as companhias iniciantes, a de levantar fundos por meio da venda de ações em transações privadas, em lugar de promover uma abertura de capital em um momento no qual a demanda por ofertas públicas iniciais é muito fraca.
O acordo iminente - que deve se revelado dentro de um mês ou pouco mais - oferecerá uma importante referência aos investidores que estão avaliando o valor de uma das empresas de Internet mais observadas e de mais alto crescimento no mundo.
"Trata-se de um indicador interessante", disse Adam Oliveri, diretor executivo da SecondMarket, que opera um mercado no qual são realizadas transações com ações de empresas de capital privado e outros ativos desprovidos de liquidez.
Nova oportunidade
Caso a maior rede social do mundo, com mais de 200 milhões de usuários ativos, venha a decidir que venderá ações diretamente ao público, o preço ao qual suas ações ordinárias foram negociadas anteriormente será uma referência, acrescentou Oliveri.
O Facebook, que concorre de forma cada vez mais direta com gigantes da Internet como o Google e o Yahoo! pela atenção dos internautas e anunciantes, atraiu interesse de investidores ansiosos por participar da atividade.
Em 2007, a Microsoft investiu 240 milhões de dólares no Facebook, adquirindo uma participação de 1,6 % na empresa.
A Digital Sky Technologies, da Rússia, anunciou em maio que irá comprar "ao menos 100 milhões de dólares" em ações ordinárias do Facebook, para permitir que os atuais e antigos funcionários ganhem acesso ao dinheiro que têm retido em forma de ações da empresa.