Presença de jogadores como Drogba, Kalou, Yaya Touré, Eboué e Kolo Touré faz seleção ser a principal potência do continente em 2010
Rafael PirrhoEspecial para o GLOBOESPORTE.COM, em Joanesburgo
A África classificou para o seu Mundial quatro de suas camisas mais fortes - Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Camarões. Mas entre elas, a laranja da Costa do Marfim parece estar ligeiramente à frente das outras. Em conversas com jornalistas, técnicos e jogadores do continente, a maioria coloca a turma do atacante Drogba como a número um no momento. E se você acompanha os campeonatos europeus, especialmente oInglês, há de entender o porquê.
Nenhuma outra seleção africana tem tantos jogadores em times de ponta. Puxam a fila Drogba e Kalou, do Chelsea, Yaya Touré, do Barcelona, Eboué, do Arsenal, e Kolo Touré, no Manchester City após sete temporadas nos Gunners. E ainda há marfinenses no Sevilla, no Stuttgart, no Hamburgo e no Galatasaray. Ao menos no papel, não há elenco tão forte no continente.
Mas o problema da Costa do Marfim é justamente passar da teoria à prática. Na primeira Copa do país, em 2006, o time até jogou bem, mas acabou em terceiro lugar no grupo que tinha Argentina, Holanda e Sérvia e Montenegro. Depois, em 2008, chegou como grande favorita à Copa Africana de Nações e passeou até a semifinal, quando foi atropelada pelo Egito.
Nas eliminatórias para 2010, a equipe nem precisou fazer muita força para se classificar com uma rodada de antecedência. Mas a novidade será se for além. Liderados por Didier Drogba, de 31 anos, os marfinenses provavelmente são a melhor aposta de uma inédita semifinal para a África. Esta é a segunda chance deles - talvez a última, certamente a melhor. Uma grande oportunidade para a geração de ouro do país escrever seu nome nos arquivos da Copa do Mundo.