10.12.09

Defesa Civil afirma que não há risco de desabamento de prédio no Centro


Segundo subsecretário, medições são feitas de meia em meia hora.
Trânsito na área da Lapa terá reflexos até manhã de sexta (11).

Carolina LaurianoDo G1, no Rio


O subsecretário municipal de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, afirmou que não há risco de desabamento do prédio interditado na Rua dos Inválidos, na Lapa, no Centro do Rio, e que teria “escorregado” cinco centímetros durante a madrugada desta quinta-feira (10).

Veja o site do RJTV

Segundo ele explicou, o conjunto de sete prédios foi interditado depois que um deles "escorregou". A construção foi escorada por funcionários da prefeitura. Os imóveis ficarão interditados até a manhã desta sexta (11).

“De meia em meia hora, estamos fazendo as medições”, garantiu Simões.

Segundo ele, a obra que está sendo feita pela construtora WTorres, que vai erguer um grande complexo comercial de quatro prédios na esquina da Rua do Senado com a Rua dos Inválidos, pode ter sido a causa do problema.

“É possível que a obra seja a causa dessa acomodação do solo”, disse o subsecretário, acrescentando que o único prédio que apresentou rachaduras foi o de número 22, da Rua dos Inválidos. Os demais imóveis estariam normais.

Simões afirmou que a construtora, ao lado da Defesa Civil, já faz o monitoramento dos prédios nas imediações das. Porém, segundo ele, o prédio interditado estava fora do perímetro de controle. A partir de agora o subsecretário garantiu que vai ampliar esse monitoramento.


“A obra está cumprindo todas as ordens de engenharia, então não vai ser embargada”.


O subsecretário disse também disse que o trânsito na Rua dos Inválidos, que provoca retenções em alguns trechos do Centro, ficará interditado até a manhã desta sexta-feira (11) para que sejam feitas as medições nas estruturas dos imóveis interditados.

O trabalho da Defesa Civil vai continuar durante todo o dia.

Moradores estão revoltados

Apesar da ação da prefeitura, o clima é de tensão e revolta na Rua dos Inválidos onde os sete imóveis foram interditados pela Defesa Civil. Os moradores vão aos poucos buscar seus pertences e seguem para a casa de parentes e amigos.

Além de três edifícios - sendo dois residenciais e um comercial - três sobrados, que estavam desocupados e a Igreja de Santo Antônio dos Pobres também foram interditados.

Ampliar FotoFoto: Carolina Lauriano/G1

Seu Adelino teve que deixar prédio interditado no meio da madrugada (Foto: Carolina Lauriano/G1)

Adelino Soares Fernandes, de 81 anos, está desde as quatro horas da manhã no local.

"Eu não tenho para onde ir. Sou diabético e os remédios ficaram todos lá dentro", disse ele, que mora com uma acompanhante. Ela já foi autorizada pela Defesa Civil a subir no prédio e pegar alguns objetos.

A funcionária pública Rita de Cássia dos Santos contou que o sentimento foi de horror quando os bombeiros a acordaram pedindo para deixar o prédio. Ela mora com a filha e mais 12 gatos. A mãe dela também reside no imóvel.

Ampliar FotoCarolina Lauriano/G1

Moradora saiu correndo do prédio com a filha e 12 gatos (Foto: Carolina Lauriano/G1)

"Tive que pensar em tudo em segundos. Levamos os gatos para a casa do ex-namorado da minha filha. Agora, vou ver o que fazer, se o prédio vem abaixo, estou me sentindo desamparada", disse ela.

Comerciante tem prejuízo

O comerciante Willian Reis, que desde 1985 tem um loja de móveis na rua, ainda não contabilizou o tamanho do prejuízo.

"Eu estaria sendo leviano se estimasse um valor, mas deixei de fazer entregas, de receber e fazer pagamentos, de atender ao telefone e de fazer vendas, porque as portas estão fechadas".

Segundo ele, essa é a primeira vez que a rua é interditada por causa de problemas na estrutura de prédios. "Aqui sempre fecha por causa de enchente, mas é a primeira vez que vejo fechar por causa de obra". Ele conta que não ouviu nenhum estalo na loja, que fica ao lado do primeiro prédio interditado.

Segundo o subsecretário de Defesa Civil, cerca de 190 pessoas deixaram 91 unidades residenciais. Algumas pessoas foram levadas para uma triagem na subprefeitura do Centro, e de lá, muitos seguiram para casas de familiares.

O conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) Antônio Eulálio Pedrosa Araújo e uma equipe da Defesa Civil fazem uma vistoria numa obra próximo ao local, que segundo Antônio, pode ter abalado a estrutura dos imóveis interditados.

"Tudo está indicando que a obra seja a causa do problema. O motivo é o rebaixamento do solo. Eles estão escavando o solo para fazer um estacionamento e, a escavação já tem 20 metros. Por isso, a fuga do material do solo no entorno é o que provocou o rebaixamento", explicou ele.


10.12.09

Defesa Civil afirma que não há risco de desabamento de prédio no Centro

Segundo subsecretário, medições são feitas de meia em meia hora.
Trânsito na área da Lapa terá reflexos até manhã de sexta (11).

Carolina LaurianoDo G1, no Rio


O subsecretário municipal de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, afirmou que não há risco de desabamento do prédio interditado na Rua dos Inválidos, na Lapa, no Centro do Rio, e que teria “escorregado” cinco centímetros durante a madrugada desta quinta-feira (10).

Veja o site do RJTV

Segundo ele explicou, o conjunto de sete prédios foi interditado depois que um deles "escorregou". A construção foi escorada por funcionários da prefeitura. Os imóveis ficarão interditados até a manhã desta sexta (11).

“De meia em meia hora, estamos fazendo as medições”, garantiu Simões.

Segundo ele, a obra que está sendo feita pela construtora WTorres, que vai erguer um grande complexo comercial de quatro prédios na esquina da Rua do Senado com a Rua dos Inválidos, pode ter sido a causa do problema.

“É possível que a obra seja a causa dessa acomodação do solo”, disse o subsecretário, acrescentando que o único prédio que apresentou rachaduras foi o de número 22, da Rua dos Inválidos. Os demais imóveis estariam normais.

Simões afirmou que a construtora, ao lado da Defesa Civil, já faz o monitoramento dos prédios nas imediações das. Porém, segundo ele, o prédio interditado estava fora do perímetro de controle. A partir de agora o subsecretário garantiu que vai ampliar esse monitoramento.


“A obra está cumprindo todas as ordens de engenharia, então não vai ser embargada”.


O subsecretário disse também disse que o trânsito na Rua dos Inválidos, que provoca retenções em alguns trechos do Centro, ficará interditado até a manhã desta sexta-feira (11) para que sejam feitas as medições nas estruturas dos imóveis interditados.

O trabalho da Defesa Civil vai continuar durante todo o dia.

Moradores estão revoltados

Apesar da ação da prefeitura, o clima é de tensão e revolta na Rua dos Inválidos onde os sete imóveis foram interditados pela Defesa Civil. Os moradores vão aos poucos buscar seus pertences e seguem para a casa de parentes e amigos.

Além de três edifícios - sendo dois residenciais e um comercial - três sobrados, que estavam desocupados e a Igreja de Santo Antônio dos Pobres também foram interditados.

Ampliar FotoFoto: Carolina Lauriano/G1

Seu Adelino teve que deixar prédio interditado no meio da madrugada (Foto: Carolina Lauriano/G1)

Adelino Soares Fernandes, de 81 anos, está desde as quatro horas da manhã no local.

"Eu não tenho para onde ir. Sou diabético e os remédios ficaram todos lá dentro", disse ele, que mora com uma acompanhante. Ela já foi autorizada pela Defesa Civil a subir no prédio e pegar alguns objetos.

A funcionária pública Rita de Cássia dos Santos contou que o sentimento foi de horror quando os bombeiros a acordaram pedindo para deixar o prédio. Ela mora com a filha e mais 12 gatos. A mãe dela também reside no imóvel.

Ampliar FotoCarolina Lauriano/G1

Moradora saiu correndo do prédio com a filha e 12 gatos (Foto: Carolina Lauriano/G1)

"Tive que pensar em tudo em segundos. Levamos os gatos para a casa do ex-namorado da minha filha. Agora, vou ver o que fazer, se o prédio vem abaixo, estou me sentindo desamparada", disse ela.

Comerciante tem prejuízo

O comerciante Willian Reis, que desde 1985 tem um loja de móveis na rua, ainda não contabilizou o tamanho do prejuízo.

"Eu estaria sendo leviano se estimasse um valor, mas deixei de fazer entregas, de receber e fazer pagamentos, de atender ao telefone e de fazer vendas, porque as portas estão fechadas".

Segundo ele, essa é a primeira vez que a rua é interditada por causa de problemas na estrutura de prédios. "Aqui sempre fecha por causa de enchente, mas é a primeira vez que vejo fechar por causa de obra". Ele conta que não ouviu nenhum estalo na loja, que fica ao lado do primeiro prédio interditado.

Segundo o subsecretário de Defesa Civil, cerca de 190 pessoas deixaram 91 unidades residenciais. Algumas pessoas foram levadas para uma triagem na subprefeitura do Centro, e de lá, muitos seguiram para casas de familiares.

O conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) Antônio Eulálio Pedrosa Araújo e uma equipe da Defesa Civil fazem uma vistoria numa obra próximo ao local, que segundo Antônio, pode ter abalado a estrutura dos imóveis interditados.

"Tudo está indicando que a obra seja a causa do problema. O motivo é o rebaixamento do solo. Eles estão escavando o solo para fazer um estacionamento e, a escavação já tem 20 metros. Por isso, a fuga do material do solo no entorno é o que provocou o rebaixamento", explicou ele.


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